Empresas brasileiras podem não estar aproveitando totalmente o marketing digital

A tecnologia tem se tornado cada vez mais frequente na vida do Homem como um todo, principalmente com a chegada da globalização, onde desde pessoas até empresas tiveram que se adequar às novas tecnologias. Mesmo com todo esse avanço, ainda existem gestores que não conseguem fazer o seu negócio expandir, mas qual será a razão?

O motivo é a forma de divulgação. Atualmente, alguns empresários apostam somente nos métodos tradicionais para divulgar seus negócios ou não perceberam que, ao fazerem uso da internet, poderão alavancar suas vendas, principalmente se criarem uma boa estratégia de marketing digital.

É preciso que esses gestores consigam enxergar as diversas oportunidades que podem estar perdendo como, por exemplo, ampliar as vendas e o faturamento do seu empreendimento, por não usarem as mídias digitais para tornar sua empresa conhecida por mais pessoas.

A falta de uma boa estratégia de marketing digital torna o seu empreendimento frágil e inconsistente no mercado, que conta com consumidores de diversos perfis e cada vez mais exigentes, além da extensa competitividade.

Por que devo levar minha empresa para o mundo digital?

A propaganda on-line tem como objetivo alcançar potenciais clientes mais qualificados, além de mostrar o número de consumidores atingidos, quantidade de cliques e visualizações e total de indivíduos que passaram a seguir o seu site.

Os benefícios da propaganda on-line vão muito mais além, como:

● Crescimento das vendas;
● Confiabilidade dos clientes;
● Aumento de contato com os clientes;
● Baixo custo;
● Agilidade no processo de entregas de produtos, entre outros.

Em uma loja física, muitas pessoas passam em frente ao seu estabelecimento ou alguém o indica. No mundo digital, em um curto período de tempo, todos os seus produtos e serviços são vistos rapidamente, em questão de segundos.

Isso acontece também devido às redes sociais que são bastante utilizadas por pessoas físicas e empresários de diversos portes e segmentos. As mídias sociais são grandes aliadas no processo de divulgação, como Facebook, Instagram, LinkedIn e outras mais.

Mesmo estando a par das vantagens e dos benefícios do marketing digital, muitas empresas não estão usufruindo dessa ferramenta, como mostram algumas pesquisas do setor.

Algumas empresas nacionais ainda não aderiram ao marketing digital

De acordo com o The Boston Consulting Group, grandes e renomadas empresas não utilizam as ferramentas on-line para divulgar seus serviços e produtos.

Os estudos realizados pela instituição contaram com mais de 60 organizações de setores diferentes, e certificaram que o marketing digital não demonstra total eficácia, além de ser necessário que se torne consistente no país.

Segundo o sócio do BCG, 55% das empresas estão em uma etapa de crescimento, 37% são vistas como ligadas à internet, 6% estão surgindo e apenas 2% desfrutam completamente dos benefícios do marketing digital. Além disso, 23% das organizações fazem a integração das informações on-line e offline, ao passo que 59% não se integram ao mundo digital.

Conforme uma fala do diretor da BCG, os dados levantados mostram a urgência de as organizações suprirem as necessidades dos seus clientes no ambiente on-line.

As pesquisas apontam que um dos motivos do impedimento para apostar no marketing digital está na falta de capacidade e do controle para a entrega das mensagens. 96% afirmam ter obstáculos na automatização das entregas, 91% não conta com personalização em nenhum site e 44% trabalham sem qualquer tipo de customização.

Para quem pretende se aperfeiçoar no marketing digital, o ideal é procurar por instituições especializadas em marketing digital e de boa reputação. A Universidade Ecommerce trabalha com cursos de capacitação para lojas on-line, com conteúdo como SEO para e-commerce, e traz tudo o que sua empresa precisa para obter melhores resultados nos mecanismos de busca.

Matéria : https://universidadeecommerce.com/

Celular é principal dispositivo de acesso à internet no Brasil

A pesquisa TIC Domicílios 2017 aponta que metade da população conectada acessa a Internet exclusivamente pelo telefone celular, o que representa 58,7 milhões de brasileiros. Pela primeira vez na série histórica, o estudo mostra que a proporção de usuários que acessam a rede apenas pelo celular (49%) superou a daqueles que combinam celular e computador (47%).

O perfil de uso exclusivo pelo celular é mais comum entre os usuários de classe D/E (80%) e de áreas rurais (72%). Isto reflete uma realidade em que os cidadãos de baixa renda não possuem múltiplos dispositivos de acesso à Internet como acontece no caso das classes A e B. Esse perfil também é superior entre as mulheres (53%) em relação aos homens (45%).

“No Brasil, 33 milhões de usuários com renda mensal de até dois salários mínimos utilizam a Internet exclusivamente pelo celular, enquanto o uso simultâneo incluindo o computador foi realizado por 88% dos usuários da classe A. O fator socioeconômico é preponderante. Aqueles que têm a possibilidade de escolher combinam o uso de mais de um dispositivo para acessar a rede, algo crucial para o desenvolvimento de habilidades digitais, especialmente no cenário de nova economia digital”, pontua Barbosa.

Em sua 13ª edição, a TIC Domicílios realizou entrevistas em mais de 23 mil domicílios em todo o território nacional, entre novembro de 2017 e maio de 2018 com o objetivo de medir o uso das tecnologias da informação e da comunicação nos domicílios, o acesso individual a computadores e à Internet, atividades desenvolvidas na rede, entre outros indicadores.

Fonte: Cetic.br

Por que devemos começar a nos preparar para o fim do e-commerce

CEO do Grupo Reserva, Rony Meisler, reflete sobre o impacto da internet no varejo e como novas tecnologias devem revolucionar a nossa relação de compra no futuro

Muita gente fala que a loja física morreu. Ou pior: que a internet matou a loja física. Mentira!

Se você é lojista como eu e usa a internet como desculpa para uma possível queda nas vendas, lamento lhe dizer, você está se enganando. O culpado é você. A internet não matou a sua loja física, ela matou a VENDA ESPONTÂNEA na loja física.

Explicando…Em um passado não muito distante a equação era simples:

DINHEIRO PARA PROPAGANDA + ESTOQUE RECHEADO (OFERTA) = DEMANDA NAS LOJAS E VENDAS.

Em resumo, quem tinha mais dinheiro para comprar propaganda ganhava o jogo. Aí veio a internet, deu o acesso a informação e transformou todos nós em mídia.

Antes de procurarem a loja física, os reviews, ratings, instagram, facebook, twitter, wikipedia e etc., viraram fontes gratuitas de consultas para os consumidores. Se antes da internet o interesse do consumidor precisava ser comprado, depois da internet ele precisa ser conquistado.

Consumidores não entram mais nas lojas apenas para conhecerem produtos que não sabem se querem. Eles entram para viver a experiência ao redor daquele produto e comprar aquilo que já sabem que querem.

A internet aumentou a concorrência? Sim. Mas, por outro lado, abriu um universo de informações e pontos de contato com consumidores e vendedores/influenciadores.

Ocorreu um verdadeiro big-bang do varejo mundial. Antes a loja era o único ponto de contato do consumidor com os produtos de uma marca. A revolução tecnológica da última década, fez com que ela passasse a ser um dos diversos possíveis pontos de contato. Na minha opinião, o mais importante deles.

As pessoas se equivocam ao dizerem que a loja se tornou OMNI. Foi o consumidor, e não a loja, quem se tornou multicanal. Pequena diferença semântica, porém, ENORME diferença prática.

O varejo do passado se acostumou a cadastrar itens e a analisar seus respectivos giros para compra e reposição de estoque. Nunca foi hábito a mesma lógica de cadastro, análise e automação no que dizia respeito as informações do consumidor. Se antes era tudo ao redor do produto, hoje tudo passou a ser ao redor do consumidor.

A internet não matou a profissão de vendas e sim a procrastinação no salão de vendas. Nas lojas físicas os clientes não caem mais do teto, mas da internet, e, quando caem, precisam passar por uma inesquecível experiência de consumo que os convençam a comprar. O que começa online tem que terminar em alto nível no offline.

O eCommerce morreu quando os varejistas perceberam que as jornadas on e offline não eram canibalizadoras e sim complementares. O eCommerce virou Commerce. Simples assim. Quem está online é o cliente e não o varejo.

Um bom exemplo? A Amazon.com, aquela que usou os milhões arrecadados na bolsa para vender com deficit e quebrar boa parte dos varejistas americanos e que agora começa a comprar seus pontos físicos a preço baixo e começar a expansão da AmazonBooks ou AmazonGo (reparem, todas sem o pontocom.

A esta altura você deve estar pensando: Maneirão você, hein? Cheio das teorias e pouca prática. É verdade! Você está certo. Vamos para a prática!

Foram tantos os avanços e oportunidades tecnológicos que muitos de nós, varejistas, nos sentimos confusos com relação a qual caminho seguir ou como priorizar as iniciativas. Já há algum tempo venho colecionando referências e visões para o futuro do varejo nacional.

Portanto, nesta carta/artigo escrita em 28 de Janeiro de 2018 informo-os que estou entrando no meu Tesla DeLorean, carro elétrico e viajador do tempo, fruto de uma colaboração do Elon Musk (Tesla) com o Steven Spielberg (sim as colaborações entre marcas vieram para ficar, hehe.).

Não irei para um futuro muito distante porque quero que minhas observações da realidade sejam base imediata de plano de ação para o leitor.

De 28 de Janeiro de 2023, apenas 5 anos a frente, enviarei uma lista simples de conceitos praticados pela Reserva e pelo mercado de varejo de maneira geral.

Fui!

Rio de Janeiro, 28 de Janeiro de 2023.

Na boa, eu sou um apaixonado pelo varejo. Tem gente que gosta de futebol e outros de música ou cinema. Eu sou loucamente apaixonado pelo varejo. Que viagem incrível eu acabo de fazer! Me permitiu observar e concluir na prática sobre as teses e vontades que possuíamos para a Reserva em 2018.

Quer um resumão?! Manja aqueles “espelhos inteligentes” que falavam conosco e nos recomendavam produtos? Peanuts! O futuro do varejo é muitíssimo maior do que isso. A tecnologia permitiu que o varejo voltasse no tempo e fosse, desta vez de maneira altamente escalável, para o mesmo lugar onde nasceu: o do foco na construção de uma experiência customizada e inesquecível para cada consumidor.

Se no começo do varejo vendedores reconheciam e olhavam nos olhos de cada um de seus clientes, a tecnologia permitiu que as marcas consigam reconhecer e entregar experiências customizadas para centenas de milhões de consumidores. É meu caro… Não apenas nós, mas principalmente os computadores, viraram comerciantes. Vê se pode..

Seguem minhas anotações, listadas sem a preocupação de ordená-las por qualquer critério de importância:

1. Os millenials chegaram ao poder na gestão do grande varejo no Brasil. Entender a fórmula é muito mais eficiente do que decorá-la. Em 2018, quando parti nesta missão, o varejo nacional era operado, quase que em sua totalidade, pelos baby boomers. Uma turma genial, mas que operava a digitalização das companhias mais porque “se não fizesse daria ruim” do que por realmente entender sua lógica comportamental. No que diz respeito a digitalização eram muito mais gestores operacionais do que estratégicos. A chegada dos millenials à liderança destas companhias foi base para a transformação mercadológica que hoje vivemos.

2. O cliente entra na loja e é imediatamente reconhecido (tecnologia de reconhecimento facial). A partir daí o vendedor possui em suas mãos (tablets e pdas) o histórico de suas compras e navegação na internet já cruzada com as possíveis recomendações de produtos e tamanhos a serem mostrados para ele. “Eu sei que você curtiu esta camisa de linho no nosso instagram, vamos experimentar?” ou “Você colocou este item no seu carrinho de compras em nosso site e não comprou” ou ainda “Normalmente você compra nossas calças skinny, chegaram novos modelos.”.

**O nível de privacidade é 100% determinado pelo consumidor.

3. As marcas se transformaram em plataformas de distribuição de um produto que não necessariamente é mais seu. Não importa mais aonde se compra, online ou offline, a visão e a operação do inventário de todas as lojas e do centro de distribuição é única. Neste sentido, tudo é possível em termos logísticos: Comprar online usando o estoque da loja física; comprar na loja física usando o estoque do warehouse; comprar numa loja física usando o estoque de outra loja física. Sejam as lojas próprias, franquias ou revendedoras. Tudo com entrega aonde o consumidor quiser.

4. Lojas-Ponto-De-Encontro. Rolou legal! Cafés, Barbearias, Cervejarias, Spas, Cabelereiros, Manicures e etc. Por conta da maior quantidade de informações do consumidor(a) e da menor necessidade de espaço para estoque físico, as lojas usam o espaço para entregar experiências customizadas aos clientes.

5. As experiências são os novos produtos. Se antes comprávamos produtos e as marcas investiam em experiências, hoje compramos as experiências e nelas virão o produto. Por exemplo: Antes eu comprava um tênis para correr e marcas de corrida investiam em eventos de corrida. Hoje eu compro o kit para participar de uma corrida e ganho o tênis para correr.

6. O blockchain revolucionou os meios de pagamentos. O pagamento é feito do consumidor direto para o estabelecimento comercial. Além de mais seguro são inexistentes as taxas transacionais para os consumidores e lojistas.

7. A mensagem de texto (sms, facebook, instagram, whatsapp e etc.), definitivamente, substituiu o e-mail e muitas vezes os próprios e-commerces. Chatbots são a interface da régua de comunicação das marcas com os consumidores e ficam a disposição para atendê-los 24/7.

8. A voz será protagonista em quase todas as atividades básicas de consumo. Os mesmos chatbots que ficarão a disposição por SMS também farão a interface da marca em seus sites, social media e nos voice devices alexa, google e etc.

9. O cartão de crédito, como objeto, morreu por completo. Reconhecimentos facial e voz garantem a identidade do consumidor para pagamentos on e off-line bem como a customização de toda a jornada de consumo.

10. As interfaces ponto com são quase todas google-like. Poucos campos de input constroem ofertas customizadas a partir dos reconhecimentos facial e solicitações por voz do consumidor.

11. O reconhecimento de imagem evoluiu muito e permite a compra também ao apontar o celular para um produto de interesse na rua ou em qualquer outra mídia. Além disso, quase todos os vídeos, da tv ao youtube, são clicáveis para a compra e maiores informações dos produtos nele inseridos.

12. Os shoppings-centers enfim se reinventaram. Passaram a ser varejistas ao invés de agentes imobiliários.

– Se tornaram marketplaces. Os sistemas de POS não são mais os dos lojistas e sim dos shoppings e isso mudou tudo.

– Uma vez que toda a informação é compartilhada, das vendas aos consumidores, a administração e automação da informação fez dos shoppings um viabilizador real de melhores negócios tanto para consumidores como para os lojistas.

– O entendimento de que as lojas físicas também passaram a ser centros de distribuição avançados das marcas fez com que os shoppings passassem a oferecer serviços dentro desta área de negócios: warehouses, entrega expressa, devolução de mercadoria facilitada, lockers para retirada de compras feitas na internet, cashback, “genius-bars” para instalação e informação técnica entrega expressa, chatbots stylists, mídia mall com ofertas por reconhecimento facial e etc.

13. O que aconteceu com a indústria musical acontecerá com a indústria têxtil. O surgimento das impressoras têxteis fez com que a pirataria aumentasse muitíssimo. As marcas que se negaram a aceitar o novo mundo, assim como os selos musicais no início dos anos 2000, morreram. As roupas foram digitalizadas e se criou um enorme mercado ao redor das impressoras têxteis. As coleções podem ser impressas/produzidas nas casas dos próprios consumidores.

Como assim? Melhor do que explicar é melhor exemplificar:

Um designer gráfico da Reserva desenha uma jaqueta em 3 ou 4D e já dentro das dimensões e especificações técnicas/modelagem que o produto terá quando produzido. Ele não apenas desenha a peça como a aplica sobre a fotografia de um modelo.

A imagem, a cópia fiel da realidade, vai para a homepage do site da Reserva e é enviada aos nossos consumidores através de e-mail, sms e mídias sociais.

Em nossas lojas e site nossos consumidores compraram e esperam alguns minutos para que a roupa seja impressa dentro de suas medidas (tiradas em scanners dentro das próprias lojas e armazenadas em nossos bancos de dados).

Esta “jaqueta digital” também ficará disponível em uma plataforma (espécie de “itunes”) da marca e pode ser comprada e impressa pelos nossos consumidores em suas próprias impressoras têxteis.

14. A venda direta passou por uma revolução digital. Em dois ou três cliques qualquer pessoa pode ser revendedor remunerado, em todas as suas mídias, online ou no celular, das marcas e produtos que bem entenderem.

15. Praticamente todas as marcas, de todos os mercados, possibilitam a customização de seus produtos pelos consumidores. O DIY veio para ficar e acontece a cada vez mais de maneira fácil e intuitiva.

16. Passamos a oferecer o aluguel de roupas como opção aos nossos consumidores. Uma espécie de Netflix da moda. O consumidor paga um preço fixo mensal e pode alugar até X itens.

17. Nada é mais de ninguém. O conceito de colaboração evoluiu muito e permite que nomes da moda e do design se consolidem em seus mercados sem que nunca tenham vendido ou produzido sequer um só item que tenham criado. Foi a forma que marcas varejistas consolidadas e “velhas” encontraram de se reinventar. Viraram plataformas de produção e distribuição das visões de mundo de importantes criadores. Ganha-ganha.

18. A roupa se tornou inteligentíssima: Para o consumidor, ela diz se precisa ser lavada, com o que combina e reporta as condições de saúde de quem a veste. Ela também diz quando é hora de revendê-la ou doá-la e indica compradores potenciais para a peça. Quando nas araras das lojas, elas dão “match” com o tipo físico e hábitos de consumo do consumidor e “ensinam” ao varejista sobre como deveria ser exposta e organizada para potencializar sua venda dentro da loja.

19. A crise econômica no país abriu espaço para um novo conceito de locação comercial: As inteligentes pop-up stores vieram para ficar. Seguindo a mesma lógica do airbnb, surgiram plataformas que descomplicam e barateiam a locação comercial de curto prazo. As marcas podem alugar espaços por 1-2-3 ou 1000 dias ou meses. Tudo pesquisado e contratado de maneira rápida e fácil pela internet.

20. A tecnologia também trouxe mais eficiência e produtividade aos times de vendas.Chatbots/assistentes pessoais treinam tecnicamente, dão dicas de administração do tempo/agendas e auxiliam as pessoas para que melhor atendam, surpreendam e fidelizem seus consumidores.

E então, com dever cumprido, mas não menos ansioso, retorno ao meu Tesla-Delorean, tenho uma idéia para o próximo post, inclino meu banco para trás, respiro fundo e falo:

“Alexa, let’s go to 2033.”

Fonte: IDGNow | (*) Rony Meisler é CEO do Grupo Reserva e presidente do Capitalismo Consciente no Brasil. Artigo publicado originalmente no site CIO.com.br

Todo momento importa: sua marca está pronta para a Era da Assistência?

Os smartphones geraram grandes mudanças, mas a próxima revolução da indústria vai ser impulsionada pela combinação de marketing e machine learning. O Vice-Presidente Sênior de Publicidade e Negócios do Google, Sridhar Ramaswamy fala sobre as consequências dessas mudanças e como as marcas devem navegar por elas.

O que vem por aí? Qual a próxima novidade depois do mobile? Para onde o marketing está caminhando?

As pessoas me fazem esse tipo de pergunta a toda hora, acontece com todo mundo que trabalha com tecnologia. E apesar de “adivinho” não ser exatamente o meu cargo, eu estou cada vez mais confiante sobre o que o futuro nos reserva, pois isso é algo que fica mais claro a cada dia que passa.

O futuro traz uma aceleração do que já vemos hoje e está se revelando bem na frente dos nosso olhos. Toda vez que eu paro um pouco para refletir sobre o que está acontecendo, vejo que são as coisas mais empolgantes que testemunhei e com as quais me envolvi nesses 14 anos trabalhando no Google.

O mobile obrigou tanto os profissionais de marketing quanto os consumidores a reescreverem as regras do jogo.

Analisando o cenário atual, podemos perceber que, de um jeito óbvio e excepcional, o mobile foi um verdadeiro divisor de águas que obrigou tanto os profissionais de marketing quando os consumidores a reescreverem as regras do jogo. Os consumidores ganharam um poder de decisão que nunca tiveram antes e podem usá-lo quando quiserem.

Esperar é coisa do passado e isso se traduz em um comportamento de micro-momentos, no qual a primeira coisa que fazemos quando queremos ir a algum lugar, fazer uma compra ou saber sobre alguma coisa, é consultar o smartphone. Para capitalizar esse comportamento e conquistar os consumidores, os profissionais de marketing foram forçados a reformular as regras e, agora, precisam se desdobrar para satisfazer as necessidades do consumidor nesses momentos, tornando suas marcas presentes e convenientes em todos os passos dessa jornada. Em resumo, as marcas tiveram de começar a ser mais úteis.

Mas o mobile não é apenas este tremendo divisor de águas, é um pré-requisito. O primeiro ato. Apenas a primeira parte da jornada. Você pode escolher a analogia, mas eu gosto de pensar no mobile como o motor que está acelerando um trem no qual estamos embarcados. É essencial entendermos bem esse processo, pois as mudanças estratégicas que fizermos agora serão a base para o que virá no futuro.

Novos aparelhos inteligentes vão surgir e, conforme os consumidores forem adotando formas mais naturais de interação com eles (comando de voz, por exemplo), esses momentos se multiplicarão. Com o machine learning melhorando a experiência do usuário de maneira cada vez mais sofisticada, a expectativa do consumidor por experiências relevantes, personalizadas e convenientes ficará cada vez mais alta.

Estamos entrando na era da assistência, um tempo em que, para o marketing, atrito significará fracasso e mensagens de massa serão ignoradas pelo público.

Neste novo tempo, apenas estar presente nos momentos que fazem diferença para o público não será suficiente. A expectativa será de estarmos sempre um passo adiante dos consumidores e de conhecermos suas necessidades melhor até que eles mesmos. As marcas que quiserem ter sucesso deverão ter um conhecimento muito mais profundo de seus clientes a cada interação. Elas precisarão criar uma visão detalhada e baseada em dados para realmente conhecê-los e ajudá-los em suas jornadas pessoais. Essa mentalidade de prestação de serviço será essencial para quem quiser vencer.

Se eu não acreditasse tanto no papel da tecnologia, talvez ficasse preocupado. Como é possível oferecer mensagens e experiências relevantes em todas as plataformas ao mesmo tempo e o tempo todo? Como fazer para criar uma estratégia de marketing inteligente que reconheça cada pessoa como um indivíduo único e que, ao mesmo tempo, fale com toda minha base? Bem, eu não estou preocupado. Na verdade, estou animado, pois é exatamente a tecnologia – mais especificamente tudo que os dados e o machine learning prometem – que irá nos ajudar a chegar lá.

Algumas mudanças organizacionais serão necessárias. Teremos de abraçar novos padrões de negócios e investir no futuro. E conforme nos adaptamos a essas mudanças devemos nos concentrar em três coisas:

Elevar o nível no mobile: para agradar e ser útil, é preciso oferecer experiências rápidas, relevantes e convenientes. É importante começar logo a criar as bases para experiências mobile incríveis.

Tirar o máximo dos dados: unir um melhor entendimento dos consumidores à automação nos permitirá escalar a personalização de mensagens e serviços. A habilidade de conectar dados internos com a execução de mídia será crucial para o sucesso das campanhas.

Abraçar o conceito de assistência multicanal: as marcas líderes farão a ponte entre o on-line e o off-line, oferecendo experiências sem atrito durante toda a jornada do consumidor.

Ainda há muito trabalho a fazer. Mas, de muitas maneiras, esse é o futuro que o Google vem construindo nos últimos 18 anos com a Busca. Podemos usar nossos dados, inteligência e escala para ajudar as marcas a comunicarem mensagens mais úteis para cada momento do dia a dia do consumidor. Não, eu não sou adivinho, mas acredito que o futuro será sensacional e estou muito animado para acompanhar vocês nessa viagem.

Fonte: Sridhar Ramaswamy – SVP, GPI & Ads Google

Google traz RCS, evolução do SMS, para o Brasil em parceria com operadoras

Google anunciou que trará o RCS para o Brasil em parceria com as operadoras Claro, Vivo e Oi. A tecnologia, que é basicamente o “SMS do futuro”, poderá ser acessada pelo Messenger, o app de mensagens do Android, e chega ao país ainda este ano.

Com recursos interativos, semelhantes aos de mensageiros como o WhatsApp e Telegram, a gigante da internet pretende usar o RCS para inovar o padrão de mensagens trocadas em dispositivos móveis. A seguir, entenda melhor como a tecnologia funciona e quem poderá usá-la.

Todos poderão enviar e receber RCS?
Inicialmente, apenas usuários de celulares com Android 4.4 KitKat ou superior terão acesso à tecnologia, que chegará por meio de uma atualização ao aplicativo nativo de mensagens do sistema. Quem não possuir o app, poderá fazer o download na Google Play Store.

Além disso, é necessário que todas as operadoras envolvidas na troca de mensagens suportem o novo padrão. Caso um usuário envie um RCS a alguém cuja operadora não suporta a tecnologia, a mensagem será convertida em SMS.

Por enquanto, donos de iPhone (iOS) ficarão de fora da novidade.

Recursos do RCS
Entre os recursos das mensagens RCS está a criação de chats em grupo, a possibilidade de visualizar quando um usuário está digitando uma resposta, confirmação de leitura e o compartilhamento fotos e vídeos de alta resolução.

Segundo o Google, a tecnologia permitirá melhorar a troca de mensagens comerciais, atualmente oferecida através do SMS. A ideia é que as empresas enviem mensagens mais úteis e interativas. Um exemplo seria a experiência de check-in completa via celular, na qual a companhia aérea disponibilizaria, via RCS, o cartão de embarque e mapas do terminal.

Por Ana Marques, da redação TechTudo